Por mais que deixe de produzir testosterona, hormônio atuando nos
caracteres secundários masculinos, o machinho não vai sofrer de amnésia
seletiva.
Em alguns casos a castração pode resolver, quando o aspecto hormonal tem influência no comportamental.
No
caso de um animal novo não tendo descoberto os sinais sexuais na
puberdade ou até num animal não tão novo, mas com o caráter bastante
submisso, infelizmente medroso, com um comportamento consequentemente
menos definido ou firmado, o simples desaparecimento da testosterona aos
poucos elimina o comportamento de marcação territorial.
Agora se ele marcar por razões de estresse ou por submissão e/ou
agitação, a influência hormonal geralmente é bem próxima do zero, outra
razão pela qual a castração está longe de resolver todos os casos de
marcação.
Sem falar de razões patológicas que podem provocar ou
favorecer as marcações como, por exemplo, infecções urinárias, doenças
endócrinas e alterações digestivas. Daí a importância de uma consulta
geral e alguns exames de sangue e de urina do seu animal, se for o caso.
É claro que nesses casos patológicos a castração não deve ajudar também.
A
monta assexuada ou aparente da parte de machos em outros, por liderança
ou dominância, também não deve desaparecer somente com a castração,
pois ela não é ligada a sexualidade, nem somente a produção de
hormônios, mas sim a tentativa de autoafirmação hierárquica.
Somente
nos casos de animais novos ou de temperamento muito submisso, medroso, a
castração pode surtir efeitos. Embora nos casos de animais muito
submissos tal comportamento é muito raro ou jamais aparece.
Nos
dois casos, marcação ou monta assexuada, a educação e o controle da
parte dos tutores são os meios mais eficientes de evitar, reduzir e
eliminar esses comportamentos.
Sou a favor da castração por razões
medicinais ou de controle de natalidade, não como solução milagrosa a
comportamentos indesejados.
Alguém iria castrar o seu filho humano
quando, no inicio da adolescência, começa a delimitar e controlar o
acesso do seu quarto e pertences ou a disputar com colegas eventual
autoridade, capacidade ou hierarquia nos grupos que frequenta?
Não seria mais lógico, natural e eficiente educá-lo e ensiná-lo limites e autocontrole desde sempre?
Nenhum comentário:
Postar um comentário