quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Como funciona a Aromaterapia em animais Parte I

ATENÇÃO: As dicas de utilização de óleos essenciais contidos nesta postagem não substituem a consulta com o médico veterinário. Antes de utilizar qualquer óleo essencial, observe as precauções e contraindicações. Em caso de dúvidas, consulte um aromaterapeuta especializado.

Hoje em dia é muito comum que as pessoas recorram a tratamentos mais naturais quando precisam tratar de seus bichinhos, principalmente quando o problema é de fundo emocional. Tive a iniciativa de pesquisar sobre esse assunto por causa do meu cãozinho. Ele sofre da Síndrome do intestino irritável (SII), uma síndrome que causa crises fortíssimas de cólica, flatulência, febre e diarreia e tem como “gatilho” o estado emocional. Ou seja, qualquer acontecimento fora da rotina (fogos de artifício, visitas em casa, viagens, etc.) é o suficiente para desencadear uma crise. A alimentação incorreta, com excesso de gorduras, também pode desencadear as crises. Então, comecei a pesquisar que óleo essencial poderia utilizar para a SII e achei vários artigos interessantes sobre o uso da aromaterapia em animais. Fiz um apanhado e compartilhei aqui, para que essas dicas possam ajudar a melhorar a qualidade de vida dos nossos bichinhos de estimação.

A aromaterapia utiliza-se basicamente de dois dos nossos sentidos: o olfato (inalação) e o tato (massagem). Veremos cada um com mais detalhes a seguir. Antes de aplicar a aromaterapia em animais, é importante entender as diferenças desses sentidos entre nós humanos e os animais, evitando assim o uso exagerado de óleos essenciais, o que poderia prejudicar os bichinhos.

O OLFATO

Dos nossos 5 sentidos, o olfato era, até pouco tempo atrás, o menos pesquisado. Somente há cerca de quinze anos foi estudado mais profundamente por Heinz Breer, neurofisiólogo alemão, da Universidade de Stuttgart-Hohenheim. Breer foi o responsável por um importante estudo: ele pesquisou como os estímulos químicos que chegam ao nariz são transformados em sinais elétricos que o cérebro capta para transformar em sensação. Por esta pesquisa, Breer recebeu o Prêmio Leibniz da Sociedade Alemã de Pesquisa (DFG).

Em relação a outros mamíferos, o olfato humano é menos desenvolvido.  O olfato é considerado o 1º dos cinco sentidos dos animais. Os mamíferos dispõem de cinco sentidos: paladar, audição, visão, tato e olfato. Eles são utilizados para perceber a presença do inimigo, caçar e procurar alimento, encontrar a fêmea para o acasalamento e se proteger, entre outras coisas. O olfato é sem dúvida o mais importante, principalmente para cães e gatos, sendo utilizado muito mais por eles do que pelos seres humanos. Basta observar que 3 a 4 minutos após o nascimento, com os olhos e ouvidos ainda fechados, os filhotes conseguem, através do faro, encontrar as tetas da mãe.
O cão, por exemplo, é mencionado como capaz de detectar mais odores e com intensidades muito menores que os seres humanos. As células olfativas encontram-se situadas na área sensorial denominada mucosa olfativa. No homem esta mucosa é relativamente pequena, cerca de 5 cm², já no cão ela é bem maior, cerca de 150 cm². Os humanos possuem 5 milhões de receptores olfativos e o cão possui cerca de 220 milhões. Esta acuidade olfativa é variável de acordo com a raça do animal. A raça de cães Bloodhound é considerada a de melhor olfato seguida pelo Pastor Alemão. Já os gatos possuem um órgão chamado vomeronasal no céu da boca que os ajuda a identificar odores. É considerado o segundo sistema olfativo do gato. É como se sentissem o “gosto” do cheiro.

Mas nem todos os animais sentem os cheiros da mesma maneira. Os que possuem um sistema olfativo extremamente desenvolvido são chamados de hipermacrosmáticos, como, por exemplo, o ornitorrinco, o gambá, o canguru e o coala. O porco também tem um excelente olfato, embora menor que o grupo anterior. Ele e todos os animais carnívoros e ungulados (mamíferos cujos dedos têm cascos) são considerados macrosmáticos. O sistema olfativo dos humanos e dos primatas é pouco desenvolvido, ou seja, nós e os macacos somos microsmáticos. Existem também alguns animais que não possuem esse sistema, como o golfinho e a baleia, que são anosmáticos (não sentem cheiros).

TATO

A pele é o maior e mais pesado órgão do corpo humano (corresponde a 15% do peso corporal). A pele é também o principal órgão da regulação da temperatura corporal, através de diversos mecanismos. Ela absorve os óleos essenciais através da massagem, que são transportados para a corrente sangüínea.
Todos os animais respondem ao tato, às carícias. Quando a cadela lambe os filhotes, provoca modificações químicas neles. Se o filhote é separado de sua mãe, diminuem seus hormônios de crescimento. Para esses filhotes, o melhor tratamento, segundo especialistas, foi com uma massagem mais vigorosa, com um pincel, que simulava a língua da mãe.
Na aromaterapia, a ação terapêutica dos óleos essenciais se dá num nível elevado, mais sutil que o da planta inteira ou de seu extrato, tendo, em geral, um efeito mais pronunciado sobre a mente e as emoções. Os animais, por terem o olfato muito desenvolvido (e o tato também), reagem muito positiva e rapidamente ao tratamento. É considerada uma terapia complementar, embora seja um tratamento bastante antigo, que surgiu da fitoterapia e que é comumente usada em conjunto com esta.

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